Lindos sim, porque cada marca que a vida deixou mostra uma experiência ganha e partilhável, basta ter quem queira, simplesmente, aceitá-la.
Sou feliz com minhas marcas, rugas, vincos... Quantos mais, melhor. Retratam em meu semblante, a vida que pude e soube aproveitar. E, para celebrar as marcas que a vida fez em mim, deixo para vocês, de presente, um poema de Olavo Bilac:
Velhas Árvores (Olavo Bilac)
Do que as árvores moças, mais amigas,
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...
O homem, a fera e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres da fome e de fadigas:
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.
Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo. Envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem,
Na glória de alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!
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