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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

A vida deixa marcas

Hoje recebi um email de um grande e querido amigo, no qual estavam fotos de pessoas famosas tipo -antes e depois-. Claro que o "antes" era quando eles estavam no auge da fama, lindos, jovens, glamurosos e, o "depois" é agora, quando já não estão mais na mídia e o tempo, implacável, deixou suas marcas nos corpos e rostos outrora lindos, agora lindos também.

Lindos sim, porque cada marca que a vida deixou mostra uma experiência ganha e partilhável, basta ter quem queira, simplesmente, aceitá-la.

Sou feliz com minhas marcas, rugas, vincos... Quantos mais, melhor. Retratam em meu semblante, a vida que pude e soube aproveitar. E, para celebrar as marcas que a vida fez em mim, deixo para vocês, de presente, um poema de Olavo Bilac:


Velhas Árvores (Olavo Bilac)


Olha estas velhas árvores, mais belas

Do que as árvores moças, mais amigas,

Tanto mais belas quanto mais antigas,

Vencedoras da idade e das procelas...

O homem, a fera e o inseto, à sombra delas

Vivem, livres da fome e de fadigas:

E em seus galhos abrigam-se as cantigas

E os amores das aves tagarelas.

Não choremos, amigo, a mocidade!

Envelheçamos rindo. Envelheçamos

Como as árvores fortes envelhecem,

Na glória de alegria e da bondade,

Agasalhando os pássaros nos ramos,

Dando sombra e consolo aos que padecem!

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