Seguidores

sábado, 17 de dezembro de 2011

TREM BÃO É SER VÉIO ...


Parte superior do formulário




Recebi esse texto de uma amiga. Não sei quem é o autor, se alguém conhecer, por favor avise-me para que eu possa dar o devido crédito.

Achei extremamente pertinente à minha atual fase de vida. É assim que me sinto e por isso vou partilhar essa belezura com vocês.

Boa leitura.






Parte superior do formulário
Trem “bão” é ser “veio”

Eu nunca trocaria meus amigos surpreendentes, minha vida maravilhosa, minha amada família por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa. Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais amável para mim, e menos crítico de mim mesmo. Eu me tornei meu próprio amigo ..
Eu não me censuro por comer biscoito extra, ou por não fazer a minha cama, ou para a compra de algo bobo que eu não precisava, como uma escultura de cimento, mas que parece tão “avant garde” no meu pátio. Eu tenho direito de ser desarrumado, de ser extravagante.
Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento.

Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogar no computador até as quatro horas e dormir até meio-dia? Eu Dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 60 & 70, e se eu, ao mesmo tempo, desejo de chorar por um amor perdido... Eu vou.
Vou andar na praia em um short excessivamente esticado sobre um corpo decadente, e mergulhar nas ondas com abandono, se eu quiser, apesar dos olhares penalizados dos outros no jet set.

Eles, também, vão envelhecer.
Eu sei que eu sou às vezes esquecido. Mas há mais, alguns coisas na vida que devem ser esquecidas. Eu me recordo das coisas importantes.

Claro, ao longo dos anos meu coração foi quebrado. Como não pode quebrar seu coração quando você perde um ente querido, ou quando uma criança sofre, ou mesmo quando algum amado animal de estimação é atropelado por um carro? Mas corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão. Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito.

Eu sou tão abençoado por ter vivido o suficiente para ter meus cabelos grisalhos, e ter os risos da juventude gravados para sempre em sulcos profundos em meu rosto.
Muitos nunca riram, muitos morreram antes de seus cabelos virarem prata.
Conforme você envelhece, é mais fácil ser positivo. Você se preocupa menos com o que os outros pensam. Eu não me questiono mais.
Eu ganhei o direito de estar errado.

Assim, para responder sua pergunta, eu gosto de ser velho. Ele me libertou. Eu gosto da pessoa que me tornei. Eu não vou viver para sempre, mas enquanto eu ainda estou aqui, eu não vou perder tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupar com o que será. E eu vou comer sobremesa todos os dias (se me apetecer).

Que nossa amizade nunca se separe porque é direto do coração!


{3}
{0}
Favorito
http://secure.wlxrs.com/$live.controls.images/is/invis.gif{0}
http://secure.wlxrs.com/$live.controls.images/is/invis.gif{0}
http://secure.wlxrs.com/$live.controls.images/is/invis.gif
{3}
{0}
{2}
MinimizarMaximizarPop-up das conversasFechar

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

OS DEZ MANDAMENTOS DA TERCEIRA IDADE

Juro que vou tentar rss......



Os 10 Mandamentos da Terceira Idade.
1º – Não se aposente da vida para se tornar a praga da família. A vida é
atividade e o verdadeiro elixir da eterna juventude é o dinamismo. Não
despreze as ocupações enquanto tiver energia para as lutas cotidianas.
2º - Seja independente e preserve a sua liberdade mesmo que seja dentro de
um quartinho. Quem renuncia ao próprio lar, obriga-se a andar na ponta
dos pés para evitar atritos com noras, genros, netos e outros parentes.
3º - Mantenha o governo da sua própria bolsa. Ajude os seus filhos
financeiramente, na medida das suas posses; reserve uma parte para
emergências e lembre-se que um filho ambicioso pode ser mais temível que
um inimigo.
4º - Cultive a arte da amizade como se fosse uma planta rara, cercando os
familiares de cuidados, como se fossem flores. Se a sua memória estiver
falhando, anote numa agenda sentimental as datas mais importantes das
suas vidas e compartilhe com eles a alegria de estar presente.
5º - Cuide da sua aparência e seja o mais atraente possível. Não seja um
daqueles velhos relaxados, que exibem caspa na gola do paletó e manchas
de gordura na roupa que revelam o cardápio da semana. Nunca despreze o
uso de água e sabão.
6º - Seja cordial com os seus vizinhos. Evite implicar-se com o latido do
cachorro, o miado do gato, o lixo fedorento na calçada ou o volume do
rádio. Um bom vizinho é sempre um tesouro, especialmente se os parentes
morarem distantes.
7º - Cuidado com o nariz e não se intrometa na vida dos filhos adultos.
Eles são seres com cérebro, coração, vontade e contam com muitos anos
para cometerem oa seus próprios erros.
8º - Fuja do vício mais comum da velhice, que é a “presunção”. A longa
vida pode não lhe ter trazido sabedoria. Há muitos que chegam ao fim da
jornada tão ignorantes como no início dela. Deixe que a “humildade” seja
a sua marca mais forte.
9º - Os cabelos brancos não lhe dão o privilégio de ser ranzinza e
inconveniente. Lembre-se que toda paciência tem limite e que não há nada
mais desagradável do que alguém desejar a sua morte.
10º - Não seja repetitivo, contando a mesma história três, quatro, cinco
vezes. Quem olha só para o passado, tropeça no presente e não vê a
passagem para o futuro.
(Adaptação de “Compreendendo Melhor Como Viver a Terceira Idade, na Opinião da Terceira Idade”, do Dr. Conceil Corrêa da Silva)

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Ai que fome...

 Ponte... Fim de semana antes, feriado amanhã, hoje... Aquele dia em que não se quer fazer nada. Aproveitar a ponte pra hibernar, ainda mais com essa chuva abençoada que caiu aqui em São Simão. Estavamos mesmo precisando. Mas, chega uma hora em que a fome bate. Tenho fome mas não tenho vontade de fazer comida. Tem uma sobra de arroz na geladeira mas é só. O que fazer???
Quando a dúvida assalta, o mais indicado é consultar o "Santo Google" e foi ele quem me deu uma receitinha deliciosa de Bolo Salgado de Arroz. Fiz, comi e fiquei feliz. A receita é simples e deliciosa, eu aproveitei o arroz que tinha sobrado sem culpa - o bolo é assado e não frito - e matei quem estava me matando.
Como eu não sou egoista, vou partilhar essa delícia com vocês, espero que gostem.

BOLO SALGADO DE ARROZ
2 xícaras de chá de arroz cozido
1/4 de xícara de chá de queijo ralado
1/2 xícara de chá de óleo
2 ovos
1 xícara de chá de leite
3 colheres de sopa de farinha de trigo
1 pitada de sal
pimenta do reio a gosto
1 colher de sopa de fermento em pó.
Bater no liquidificador.
Recheio a gosto ( eu fiz uma saladinha com tomate, cebola e um pouco de pimentão - tupo bem picadinho - cheiro verde picadinho e salsichas em rodelas. Pode colocar presunto e muçarela, frango desfiado, sardinha, atum, enfim, o que vocês quiserem ou tiverem à mão).
Misture o recheio na massa e coloque em assadeira untada e enfarinhada. O forno deve estar pré-aquecido.
O tempo de forno é de aproximadamente 30 minutos. Estará ponto quando estiver douradinho e, ao espetar um palito, este sair seco.
Bom apetite.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A GALINHA DO VIZINHO É SEMPRE MAIS GORDA...



Aquela frase "Santo de casa não faz milagre" é muito verdadeira. Vejam bem, na semana de aniversário de São Simão tivemos shows com gente famosa, shows com simonenses, eventos esportivos, desfile, etc. Vimos, principalmente no face do Prefeito Celão, grandes elogios aos shows de gente famosa, pouquissimos aos shows de simonenses, nenhum aos trilheiros ou àquelas pessoas que dedicaram-se, trabalharam, gastaram tempo e dinheiro para realizarem o desfile... Minha sogra tinha razão quando dizia que "a galinha do vizinho é sempre a mais gorda". ACORDA GENTE... SIMONENSE É QUE TEM VALOR.....



domingo, 30 de outubro de 2011

UNHAS DE DIAMANTE



Por US$ 51 mil, empresa londrina craveja diamantes nas unhas das clientes
Juliana Mariz, especial para o iG | 04/08/2011 07:54

Depois de aneis e até celulares de diamantes, já é possível ter as próprias unhas cravejadas com a pedra preciosa. A técnica, batizada de Iced Manicure, foi criada pela designer inglesa Cherish Angula, em março.
“A Cherish-me nasceu do meu amor pela opulência. Adoro unhas artísticas e um dia senti que seria muito interessante unir luxo com arte e manicure”, explica a designer, que cobra US$ 51 mil (R$ 79.800) pela “manicure”.
A técnica, batizada de Iced Manicure, foi criada pela designer inglesa Cherish Angula

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

200 Voices


A contribuição do Delirivm Teatro de Danças de São Simão ao projeto 200 Voices, de http://www.visitingarts.org.uk.

Em 2012, os olhos do mundo estão em Londres e no Reino Unido para o maior evento esportivo do mundo, a London Jogos Olímpicos de 2012 e nessa ocasião a Visiting Arts quer dar aos artistas de cada país a oportunidade de dizer ao mundo como é viver e trabalhar no seu país no século 21. É um projeto para inspirar e ser inspirado.


200 Voices irá espalhar e mostrar alguns dos artistas mais interessantes do mundo ao longo de 2012 e nós, do Delirivm Teatro de Danças de São Simão estamos juntos nesse projeto.

Vejam o clipe produzido para a campanha.

http://www.youtube.com/watch?v=1R_UzP9gMv0
Um abraço.



Catia

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

SOS CULTURA


Prezados amigos







Como todos vocês já sabem, sou uma pessoa que valoriza a cultura e a educação acima de qualquer outro bem que um indivíduo possa adquirir em sua vida e, por isso, estou enviando a vocês um apelo para que nossa ONG S.O.S. CULTURA - Associação Simonense de Cultura (CNPJ 04.826.066/0001-96 - Declarada de Utilidade Pública conforme Lei Municipal nº 11827 de 24/01/2003) possa dar continuidade ao seu trabalho.


A sede da S.O.S. Cultura é na Praça Carlos Botelho, 609 - Centro - CEP 14200-000 - São Simão/SP.






A CARTA OFERECE A OPORTUNIDADE ÀS PESSOAS QUE VALORIZAM A CULTURA E A EDUCAÇÃO DE SEREM SÓCIOS DA S.O.S. CULTURA CONTRIBUINDO COM A ANUIDADE DE R$ 50,00( CINQUENTA REAIS), TODAVIA, QUALQUER AUXILIO É BEM VINDO.


PARA TANTO, POR FAVOR, UTILIZE A CONTA CORRENTE PARA DEPÓSITO:






BANCO DO BRASIL - 001


AGÊNCIA: 1398-6


CONTA CORRENTE: 7314-8


Aos que desejarem se tornar sócios, solicitamos procurar a sede da S.O.S. Cultura no endereço acima mencionado.


Nós agradecemos toda e qualquer colaboração




" CAROS AMIGOS 




A ASSOCIAÇÃO SIMONENSE DE CULTURA - SOS CULTURA, entidade responsável pela reforma do Theatro Carlos Gomes, espaço que tem sido usufruído pelos mais diferentes grupos de nossa cidade, para diferentes fins, quer muito continuar dando sua contribuição à sociedade simonense, mas tem esbarrado na questão financeira, uma vez que não conta com qualquer subvenção do setor público.






Está-se tentando que a entidade seja declarada de utilidade pública estadual e federal ( já o é municipal), na esperança de solucionar essa questão. Enquanto se aguarda a decisão para tal solicitação, precisa-se muito da compreensão e colaboração da sociedade simonense, através da adesão à sua carteira de associados, que hoje tem 50 colaboradores.






Para que se mantenham as necessidades básicas ( pagamento de secretária e faxineira, gastos com material de limpeza, despesas de correio, de cartório, etc.) precisa-se de muitos outros colaboradores e você está sendo convidado a ser um deles. Sua contribuição será de R$ 50,00 ( cinquenta reais ) ao ano. Essa quantia é paga em uma única parcela, no mes estipulado pela SOS, ou no que melhor lhe convier.


Nesse mês você poderá efetuar o pagamento na sede da SOS ( Terminal Rodoviário - de 2ª a 6ª feira, das 13 às 17 h), ou você será contatado pela secretária da entidade para definir dia e período em que ela poderá receber sua colaboração.






Esperamos muito poder contar com sua compreensão e boa vontade para dar continuidade às várias atividades que venha oferecer à nossa comunidade.






Diretoria da SOS Cultura






" SONHO QUE SE SONHA SÓ É SÓ UM SONHO: SONHO QUE SE SONHA JUNTO É REALIDADE". ( RAUL SEIXAS )






Conta Corrente para depósito






Banco do Brasil - 001


Agência: 1398-6


Conta corrente: 7314-8


sábado, 24 de setembro de 2011

O PRESENTE


 
Tenho uma grande amiga de muitos e muitos anos, a qual considero como irmã e que tem por hábito criar grandes expectativas em torno de acontecimentos habituais. Não consigo definir se esse hábito é bom ou ruim. Bom porque mostra que ela acredita na vida e nas pessoas, na sua essência, na sua integridade, no seu coração, nos seus sentimentos e nos seus laços afetivos; ruim porque, quando seu ideal não se concretiza, desaba sobre todo seu ser uma catástrofe de dimensão mundial e ela se queda muda, triste, magoada, sofrida, doente, enfim, quase morre com a decepção.


Eu também já fui vítima dessa mania de criar expectativas e meu sofrimento não foi menor do que o dela, mas a vida está me ensinando, aos poucos e ao longo dos anos, que podemos sonhar, mas que um pedaço da gente precisa continuar pisando em terra firme.

Muitos acontecimentos marcaram minha vida nessa ciranda de esperar e me decepcionar mas um, em especial, e que hoje considero até cômico, me frustrou profundamente.

Eu era muito nova, tinha cerca de dezoito ou dezenove anos e já namorava há uns dois ou três anos um rapaz nove anos mais velho do que eu. Isso aconteceu há mais de quarenta anos e, apesar de eu não gostar nem um pouco de usar a expressão “naquela época”, sou obrigada a usá-la aqui para poder situar melhor a história. Então vamos lá: naquela época era muito difícil ter telefone em casa e, viajar com o namorado então... impossível.

Esse meu namorado tinha família no interior de Minas Gerais e, periodicamente viajava até sua cidade natal para visitar a mãe e as irmãs. Eu permanecia em São Paulo, apreensiva e aguardando ansiosamente seu retorno.

Numa dessa idas a Minas Gerais e após quase um mês de ausência ( estava em férias no emprego e na faculdade ) meu príncipe retornou e trouxe com ele a esperança de um presente que eu desejava mais do que tudo na vida: AS ALIANÇAS DE NOIVADO.

Tudo aconteceu assim: ele chegou em casa, contente, me abraçou e me disse solenemente: - Meu bem, minha mãe mandou um presente para você, no sábado eu trago.

Essa promessa acendeu em mim, de novo e mais intensamente, a esperança de que agora, finalmente, eu ficaria noiva. Minha mãe, vendo aquela minha alegria, também entrou no clima e começou a acreditar que isso seria verdade pois, se não fosse assim, porque então a promessa de que ... “no sábado eu trago”?

Achava que ele estava preparando uma ocasião solene onde o “pedido” seria feito aos meus pais com toda a pompa e circunstância.

Chegou o tal sábado. Eu me preparei, me arrumei, até ao cabeleireiro eu fui para fazer um penteado da moda, na certeza de que daquela noite o “pedido” não passaria.

Chegou a hora, ele apareceu em casa... vestido informalmente e com um embrulho de tamanho considerável nas mãos.

Em princípio estranhei o tamanho do “presente” mas ainda acreditei que aquele seria outro presente e que a caixinha das alianças estaria em seu bolso, afinal, ele não iria trazê-las nas mãos.

Foi recepcionado com muito carinho por mim e pelos meus pais e eis que, ao entrar em casa, estendeu-me o embrulho e disse: - Olha, aqui está o presente que minha mãe te mandou.

Ainda achando que poderia ser uma daquelas surpresas em que colocamos uma caixa dentro da outra só para fazer volume abracei-me a ele, beijei- o ternamente na face e me dediquei a abrir o embrulho.

Sabem o que tinha dentro dele????? Não?????

Eu também não queria acreditar tamanha minha decepção!!!!

ERA UM QUEIJO... UM GRANDE, REDONDO E FEDIDO QUEIJO DE MINAS!!!



quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Simonense amado em outras terras...


Oi pessoal

Hoje eu estou passando para vocês o link de um blog que faz referencia a um filho de São Simão que se radicou em São José dos Campos e que fez história por lá. Vale a pena conferir.
http://www.legal.adv.br/20110104/altino-bondesan-dez-anos-de-ausencia/#comments

Abraços

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Crítica - Delirivm em Presidente Prudente







O FENTEPP - Festival Nacional de Teatro de Presidente Prudente
(Foto FMartinez)



30/08/2011

Crítica: “E toda vez que ele passa vai levando alguma coisa minha”



Domingo, 28 de agosto, foi apresentada a peça E toda vez que ele passa vai levando alguma coisa minha, da Delirivm Teatro de Dança, de São Simão – SP, no espaço da antiga Estação Ferroviária de Presidente Prudente.



A entrada para a peça se faz seguindo os trilhos do trem. O caminho é pontuado por velas colocadas estrategicamente, seja para nos guiar, seja para nos alertar dos obstáculos à frente – algo que denota um cuidado gentil com o público, logo de início.



Essa caminhada cria também uma certa expectativa sobre o que se verá adiante. E o espaço convida a levantar o olhar e ver o todo, é inevitável: vê-se como cenário o luminoso “Hotel Portal d'Oeste” e a linha curva, ascendente em suave espiral, de um viaduto movimentado. No espaço da cena, os atores, deitados como dormentes de trilho, em sépia suave. O vestido branco pendurado em um cabide balança, doce, ao vento, como a presença de alguém que queria estar lá.



Os atores ocupam o espaço como crianças de muitos anos atrás – crianças-memória que acordam com a chegada do trem- imaginação. O prazer de cada som, vindo de cada objeto. E há café, e cheira bem. E há um prazer indescritível em se tomar um pequeno gole desse café, e a brincadeira-ritual de tomá-lo. E um cubinho de açúcar para cada – e por que não dois?! E um sequilho nunca derreteu tão saboroso na boca de alguém.



E assim cada ação, cada gesto é brincado tão prazerosamente – tão por si só – que não há como não sentir, junto com eles, o prazer intenso de simplesmente estar ali, compartilhando aquelas belas imagens que o grupo oferece.



Os olhares dos atores têm propriedade – são diretos e verdadeiros; eles se olham e se vêem, não há subterfúgio ou fuga. Há enfrentamento e inteireza, nos seus olhares como em todas as suas ações.



(a poesia de tanta delicadeza me seduz; em meio ao espetáculo me percebo há muito sequestrada por aquele mundo de pequeninas belezas colecionadas.)



Nenhuma palavra é dita. Mas a atenção dada a cada gesto nos faz ver e sentir o quanto tudo naquela história é vital. Uma vitalidade que não vem de esforços físicos, de desperdícios e transbordamentos de energias. Há silêncio. Há a noção de si mesmo e do outro. Há a tristeza pungente por alguém que partiu. E uma brincadeira de roda que faz olhar (com medo? com expectativa?) para aquele caminho trilho de trem imaginário mas tão presente por onde a amiga se foi.



A direção, com um trabalho de atores extraordinariamente competente e generoso, sabe compor a cena a partir de gestos cotidianos e comuns àqueles atores, tornando-os extracotidianos pela composição de cenas de grupo de uma força – como direi? –de um impacto pleno de suavidade e delicadeza.



É uma direção que sabe aproveitar o melhor de seus atores. E quando uma cena nos oferece, assim, o seu melhor, nós, espectadores, nos sentimos gratos e tocados por essa generosidade.



Cabe aqui dizer o quanto dessa força e poesia também emerge do belíssimo trabalho de figurino e trilha sonora – que, por não serem nominados na ficha técnica, me faz crer tenham sido feitos pelo conjunto de atores e diretor. Roupas, cenário e objetos de cena, todos em tom sépia, criam uma sobreposição de leituras bastante provocadora: são como velhos, que são crianças, que ficaram velhos, e assim as imagens da cena são como fotos antigas feitas de vários negativos sobrepostos, e a gente fica se perguntando para qual estaremos olhando naquele momento...



Porque, sim, acho que eu não citei isso antes: eles são da Maior Idade. Um grupo de terceira idade, melhor idade, idosos. E a idade, cada ano dela, em cada um daqueles corpos, traz peso, força, propriedade, leveza, beleza, vitalidade, atenção, percepção, todas as características que procuramos trazer para a cena como artistas, que buscamos na cena como espectadores. Não citei isso antes porque não faz diferença: o que se vê ali é teatro da melhor qualidade, sem concessões. O grupo Delirivm Teatro de Dança é uma grata presença na cena teatral contemporânea brasileira.







Fonte: Crítica de Sandra Parra




















Delirivm no FENTEPP - Festival Nacional de Teatro de Presidente Prudente

DELIRIVM NO FENTEPP

Vejam as fotos do espetáculo "E toda vez que ele passa vai levando qualquer coisa minha..." realizado no dia 28 de agosto em Presidente Prudente, dentro da programação do FENTEPP - Festival Nacional de Teatro de Presidente Prudente, que  aconteceu na estação ferroviária de Presidente Prudente no domingo, dia 28 de agosto, às 22 horas  e foi um sucesso absoluto de público.
Fotos: FMartinez



sexta-feira, 12 de agosto de 2011

LÁ NA ESQUINA: NEM SEMPRE O PREMIO É ATRIBUÍDO A QUEM MAIS O MERECE...

LÁ NA ESQUINA: NEM SEMPRE O PREMIO É ATRIBUÍDO A QUEM MAIS O MERECE...

NEM SEMPRE O PREMIO É ATRIBUÍDO A QUEM MAIS O MERECE...










Irena Sendler - A mãe do Gueto de Varsóvia


http://www.youtube.com/watch?v=E5Rbje6Szic&feature=related



Uma senhora de 98 anos chamada Irena Sedler faleceu há pouco tempo. (12-05-2008)

Durante a 2ª Guerra Mundial, Irena conseguiu uma autorização para trabalhar no Gueto de Varsóvia, como especialista de canalizações.

Mas os seus planos iam mais além... Sabia quais eram os planos dos nazistas relativamente aos judeus (sendo alemã!)

Irena trazia crianças escondidas no fundo da sua caixa de ferramentas e levava um saco de estopa na parte de trás da sua caminhoneta (para crianças de maior tamanho). Também levava na parte de trás da caminhoneta um cão a quem ensinara a ladrar aos soldados nazis quando entrava e saia do Gueto.

Claro que os soldados não queriam nada com o cão e o ladrar deste encobriria qualquer ruído que os meninos pudessem fazer.

Enquanto conseguiu manter este trabalho, conseguiu retirar e salvar cerca de 2500 crianças.

Por fim os nazistas apanharam-na e partiram-lhe ambas as pernas, braços e prenderam-na brutalmente.

Irena mantinha um registro com o nome de todas as crianças que conseguiu retirar do Gueto, que guardava num frasco de vidro enterrado debaixo de uma árvore no seu jardim.

Depois de terminada a guerra tentou localizar os pais que tivessem sobrevivido e reunir a família. A maioria tinha sido levada para as câmaras de gás. Para aqueles que tinham perdido os pais ajudou a encontrar casas de acolhimento ou pais adotivos.

Em 2007 foi proposta para receber o Prêmio Nobel da Paz... mas não foi selecionada. Quem o recebeu foi Al Gore por uns dispositivos sobre o Aquecimento Global.

Não permitamos que alguma vez esta Senhora seja esquecida!!



NOTÍCIA  ( da France Presse, em Varsóvia


Uma das grandes heroínas polonesas da Segunda Guerra Mundial, Irena Sendler, que salvou a 2.500 crianças judias do gueto de Varsóvia, morreu nesta segunda-feira (12-05-2008) aos 98 anos.

"Morreu hoje", declarou à agência France Presse sua filha, Janina Zgrzembska, sem dar mais detalhes sobre o falecimento da mulher que gostava de recordar que a "educaram a partir da crença de que se deve salvar as pessoas não importa a religião ou nacionalidade".

Nascida em 1910, Irena Sendler foi uma desconhecida durante muitos anos para os poloneses.

O mesmo acontecera com Oskar Schindler, que morreu na pobreza na Alemanha antes da façanha de ter salvo os funcionários judeus de sua fábrica ser levada ao cinema por Steven Spielberg.

Apenas em março de 2007 a Polônia lhe prestou uma homenagem solene e seu nome foi proposto ao prêmio Nobel da Paz.

No entanto, o memorial israelense do Holocausto, o Yad Vashem, lhe entregou em 1965 o título de Justo entre Nações, destinado aos não-judeus que salvaram judeus.



Varsóvia

Assistente social, Irena Sendler trabalhava antes da guerra com famílias judias pobres de Varsóvia, a primeira metrópole judia da Europa, onde viviam 400 mil dos 3,5 milhões de judeus de toda a Polônia.

A partir do outono de 1940, passou a correr muitos riscos ao fornecer alimentos, roupas e medicamentos aos moradores do gueto instalado pelos nazistas.

No fim do verão de 1942, Irena Sendler se uniu ao movimento de resistência Zegota, (Conselho de Ajuda aos Judeus).

A polonesa conseguiu retirar de maneira clandestina milhares de crianças do gueto e as alojava entre famílias católicas e conventos.

"Fomos testemunhas de cenas infernais quando o pai estava de acordo, mas a mãe não", comentou a um site na internet dedicado a ela (www.dzieciholocaustu.pl).

As crianças eram escondidas em maletas e retiradas por bombeiros ou em caminhões de lixo. Em alguns casos chegavam a ser escondidas dentro dos abrigos de pessoas que tinham autorização para entrar no gueto.



Prisão

Sendler foi presa em sua casa em 20 de outubro de 1943.

Durante o período em que ficou detida no quartel-general de Gestapo, foi torturada pelos nazistas que quebraram seus pés e pernas. Ainda assim, ela não deu informações. Logo depois, foi condenada à morte, mas milagrosamente foi salva quando a conduziam à execução por um oficial alemão que a resistência polonesa conseguiu corromper.

Sendler continuou sua luta clandestina sob uma nova identidade até o final da guerra, trabalhando como supervisora de orfanatos e asilos em seu país.

Nunca se considerou uma heroína. "Continuo com a consciência pesada por ter feito tão pouco", declarou.

Devido ao seu estado de saúde delicado, Irena Sendler não participou da cerimônia que lhe homenageou em 2007, mas enviou uma sobrevivente, salva por ela em um gueto quando bebê, em 1942, para ler uma carta em se nome.

"Convoco todas as pessoas generosas ao amor, à tolerância e à paz, não somente em tempos de guerra, mas também em tempos de paz", escreveu.











































terça-feira, 9 de agosto de 2011

Agora é a vez de Presidente Prudente





E Toda Vez Que Ele Passa, Vai Levando Qualquer Coisa Minha...


O espetáculo conta a história de um grupo de pessoas em uma estação, à espera do trem. Cada qual traz consigo alguns sonhos, desejos e esperanças. O espetáculo não tem texto falado, as ações e as cenas vão surgindo, uma a uma, de coreografias, gestos e movimentos.





Classificação: Livre

Duração: 50 minutos

Site: http://www.festivaldeteatro.com.br/

Companhia: Delirivm Teatro de Dança

Direção: João Butoh

Elenco: Aparecida Mercedes Lucarini, Cátia Buono de Oliveira, Delcina Pereira Bordignon, Francisco J. D. Moreira, Manoel Pereira, Maria Aparecida A. Pereira, Maria Stella P. de Souza, Rita Maria Guimarães, Vandette Tubero D. Moreira e Victório Kiritschenko
Ao abusar do gestual, companhia Delirivm faz plateia reverenciar o silêncio. Trupe de São Simão participa pela terceira vez do Festival de Curitiba.

Por Tiago Gonçalves ( enviado EPTV Ribeirão Preto ).

Quando termina o espetáculo "E Toda Vez Que Ele Passa, Vai Levando Qualquer Coisa Minha...", o espectador reverencia o silêncio. Não à toa. Por bons momentos, a plateia passa a degustar a economia das palavras descartáveis proposta pela Delirivm Teatro de Dança, radicada em São Simão. Depois de enjoarem da mudez, os comentários ligeiros brotam dos espectadores mais tocados: "Simples. Não precisou dizer nada", comentou uma garota, enquanto desamarrava sua bicicleta de um orelhão.

Se no palco apenas suspiros ou gemidos são permitidos, fora dele os integrantes (todos na casa dos "entas", de 57 para cima) da trupe esbanjam da fala. E como falam. Um almoço no shopping com a trupe é um prato cheio para gargalhadas e reflexões. Novamente, não à toa. As histórias por ali, são muitas. Enquanto um conta o passado dedicado ao futebol, outro narra as peripécias dos antepassados, imigrantes ucranianos. E por aí vai! Se der corda, o papo vem e a hora vai.

Digressões à parte, "E Toda Vez", em cartaz desde 2003, conduz ao espectador a uma fabulosa estação de trem, adormecida no tempo (e no silêncio). Estando diversas figuras por lá, arquétipos dos anos que se foram; histórias desfilam como modelos, mas sem tanta pompa. Afinal, aquelas figuras estão presas, à espera de um vagão, que nunca para. E se parasse, pode pensa o espectador, mas não para. "É o reflexo do abandono. Estão lá, sem a interferência de fora", explica o diretor. Ao espectador uma dúvida paira e o diretor coloca pilha: "Podem ser fantasmas sim, que vagam por ali há tanto tempo".


Simbólico, a concepção do elenco bebe no real. Ao mesmo tempo em que trazem vivências pessoais ao papel, os intérpretes enxergam no outro que já se foi tamanha inspiração para completar a personagem. "Me baseei em Ceci, minha professora de piano", conta uma. "Já eu em Dona Coló, uma velha muda, surda e enxerida", lembra outra. Por outro lado, o espetáculo também estaciona na situação, como aponta o diretor, da estação de trem de São Simão. "Esquecida!"

"E Toda Vez..." se constrói a partir de duas técnicas. Apesar de um sopro de butô ("olhar para dentro de si, mas com uma dimensão espacial"), a cena flerta com o Teatro-dança proposto por Mary Wigman, com a cadência do expressionismo alemão. Aliás, Pina Baush bebeu na fonte de lá. Portanto, um compromisso com a liberdade e emoção no gestual. Expressa a potencialidade do corpo que dialoga com objetos e está a serviço do intérprete. Instiga os movimentos cotidiano ao transformá-los em dança", comenta o diretor, perito da modalidade no País.

A trupe

A Delirivm Teatro de Dança nasceu em 1986, sob a tutela da Ogawa Butoh Center, coordenada por João Butoh. Em 25 anos, a companhia da "maior idade", como a define João Butoh, aventurou-se por quatro montagens. Além de "E Toda Vez...", "Mulieribus" ("retalhamos a história para evidenciar os momentos em que as mulheres foram protagonistas", lembra o diretor), "Anjos Caídos" ("mostra a terceira idade em São Simão, algo que está a quem da sociedade") e "Claire de Lune", que narra as venturas de artistas que sonham. "Este estrou em 2003, aqui no Festival. Neste mesmo ano, apresentamos ainda "Mulieribus", que remontaremos em breve".


A trupe não para. Quer cair ainda mais na estrada com "E Toda Vez...", rodar os lugares onde as estações ferroviárias ainda velam de pé; mas não deixa em esboçar nova produção. O tema da vez será: Alzheimer. O figurino, cenários e até o nome do espetáculo: "Para Quando Eu Esquecer de Mim" já foram definidos. Em compensação, a pesquisa ainda engatinha. "Não temos pressa. Nosso processo é lento. Estamos ainda atrás de histórias de pessoas que perderam seus referenciais a partir da doença", explica Butoh.


Festival de Teatro de Curitiba 2011.